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Saiba o que precisa para dimensionar uma motobomba e escolher a melhor opção.

Ter um poço artesiano é uma ótima maneira de garantir uma fonte confiável de água potável. Mas para que seu poço funcione perfeitamente, considerando a incapacidade do poço de jorrar água voluntariamente, é preciso escolher de forma detalhada e cuidadosa a motobomba que vai garantir o exato bombeamento para que se obtenha o volume de água desejado.

São vários os tipos de bombas d’água usados em poços, mas as elétricas e movidas à diesel costumam ser as mais usadas. Instalar uma bomba submersível não é tão simples como pode parecer. Portanto, fique atento às nossas dicas para calcular e selecionar a melhor motobomba que ajudará no projeto do seu poço.

Meu poço aceita essa bomba?

Antes de escolher a melhor bomba d’água submersa, é preciso se informar sobre o diâmetro e a profundidade do seu poço, a vazão que ele proporciona, qual o volume de água que ele é capaz de produzir por hora, o nível dinâmico e o nível estático do poço e ainda a distância entre a boca do poço e o local onde a bomba será instalada.

É preciso verificar todas essas informações com a empresa ou o perfurador responsáveis pelo poço artesiano para ter a certeza de que o poço aceitará determinada bomba. Sem se certificar desses dados, é praticamente impossível calcular a melhor bomba para o seu poço.

O que é e como calcular a vazão de um poço? Como fazer para o meu poço não secar? 

O poço artesiano é perfurado com o objetivo de captar a água que se encontra nos lençóis freáticos. Essa água armazenada nos aquíferos, que ficam no subsolo, está infiltrada em rochas e sedimentos em grande profundidade. Em geral, é uma água com melhor qualidade física, química e biológica, protegida da contaminação humana, não sendo necessário tratamento para o consumo.

Depois de construído o poço, o perfurador fará vários testes para medir sua vazão. Ao analisar o local onde foi construído e principalmente sua profundidade, será possível medir quantos litros de água o poço produz por hora. A vazão do poço é um aspecto importante, pois bombas com vazão muito baixas não servirão, dependendo do tamanho da instalação.

É recomendável evitar bombas com vazão menores que 200 litros por hora para a altura de recalque. Normalmente elas serão insuficientes ou farão um bombeamento no limite. Se estiver na dúvida, consulte o fabricante ou questione o vendedor da motobomba. 

A partir desses testes, o perfurador responsável vai fazer o mapa do poço, ou seja, um documento com todas essas informações. Esse documento é essencial para orientar no momento da compra da bomba submersível. É importante destacar ainda que não se pode retirar um volume de água maior que o poço produz diariamente. Captar volume de água superior a capacidade de vazão do poço pode comprometer sua produção e até mesmo fazê-lo secar.

Como uma bomba d’água submersa é devidamente instalada?

O sucesso da instalação da bomba d’água submersa vai depender da profundidade do poço e da qualificação da mão de obra responsável pela perfuração e construção do poço. Para instalar a motobomba é necessário um cabo de segurança, podendo ser uma corda, um cabo de aço ou uma corrente, que ficará a critério do cliente.

A estrutura do poço consiste basicamente no espaço para abrigar o equipamento de bombeamento e o conduto vertical, que levará a água do aquífero até a motobomba. Depois de perfurado, o poço artesiano é revestido com tubos de aço para isolar a obra da camada superficial e evitar o desmoronamento e possíveis contaminações. Caso haja necessidade, o poço pode ser reaberto para instalação de tubos de maior diâmetro ou para a instalação de filtro e pré-filtro.

Por fim, a etapa do desenvolvimento do poço é feita pelo compressor ou pela bomba submersa para retirar os resíduos e promover a passagem de maior volume de água. Depois disso, são feitas a cimentação e a laje de proteção sanitária para perfeito isolamento, além do teste de verificação de vazão, quando será coletada uma amostra da água para análise.

Qual a potência ideal de uma motobomba?

A potência ideal de uma motobomba vai ser determinada de acordo com a pressão e vazão de cada poço. Cada poço pede uma bomba diferente, mas no geral, as bombas mais usadas em poços são as submersas. As submersas normalmente de 4 ou 3 polegadas são instaladas dentro do poço e permanecem abaixo no nível da água, ou seja, o funcionamento acontece de forma submergida.

A tensão de alimentação da bomba deve ser compatível com a voltagem do local que será ligada. Como essas bombas são blindadas, não existe uma versão que seja bivolt  110/220 volts, portanto preste atenção na hora de comprar.

As melhores marcas para as bombas usadas em poços artesianos são a Schneider Motobombas (Franklin), Bombas Leão e Ebara Brasil. A voltagem para o uso da bomba em poços na indústria normalmente é de 220, 380, 440 ou 760 volts trifásico e para o uso em residências, a motobomba normalmente é 110 ou 220 volts monofásico. A garantia é em média de 12 a 18 meses, dependendo do fabricante.

Precisa de fio especial?

O tamanho do fio que será usado do controlador da motobomba até o poço deve estar de acordo com as especificações do fabricante. Isso porque se os fios forem muito pequenos, podem causar uma voltagem de arranque baixa, levando ao desgaste e até mesmo ao rasgo na bomba, anulando a garantia.

É importante considerar ainda que as ligações de fio da bomba estão codificadas em preto, amarelo, vermelho e verde, que precisam ser unidas às ligações de fio correspondentes da caixa de controle na casa de bomba. Essas ligações ocorrem debaixo do solo ou suspensas ao poço. Se você não tiver a certeza de como prosseguir com a fiação, oriente-se com um eletricista qualificado.

O que é um eletrodo de nível? Minha bomba precisa de um?

O eletrodo de nível é um componente usado tipicamente na proteção de bombas submersas em poços artesianos. A função do eletrodo de nível é fazer a bomba ligar e desligar automaticamente, à medida que a água sobe e desce dentro da tubulação, ou seja, controlar o nível de água produzido pelo poço.

Há ainda o relé de nível, que também é um dispositivo usado para ajudar nesse controle, localizado dentro do quadro de comando de acionamento do eletrodo. O uso do eletrodo não é obrigatório e vai depender da confiança do proprietário na produção do poço e o desempenho da bomba d’água submersa escolhida.

Por que o cliente não pode decidir pela motobomba no olhômetro?

As motobombas são usadas em poços quando a pressão da água é insuficiente para que ela chegue até a superfície naturalmente. Quando acionadas, elas retiram a água do interior do poço para armazená-la em um reservatório, que fica um nível superior à bomba.

Portanto, é preciso avaliar todos os quesitos diâmetro, profundidade, vazão, volume produzido por hora, nível dinâmico e estático para ter a certeza de que a bomba vai servir para determinado poço. Não hesite em coletar as informações precisas e consultar vendedores antes de comprar a motobomba para o seu poço.

Se a bomba d’água submersa for comprada sem a avaliação desses critérios, certamente ela não vai funcionar de forma adequada, podendo queimar, comprometer o desempenho e até secar o poço.

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Por: Comunicação Social – Sistema FAEP/SENAR-PR

AGROCULTURA: Energia Solar no campo - YouTube

A energia solar tem se tornado uma alternativa interessante para os produtores rurais que desejam reduzir as contas. A disponibilidade de novas linhas de crédito que facilitam a aquisição e a instalação de sistemas fotovoltaicos ajudaram a ampliar esse mercado. Segundo dados de 2020 da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o setor rural responde por 13,2% da potência instalada no Brasil e os investimentos nas propriedades passam de R$ 1,7 bilhão.

O desempenho brasileiro em geração de energia solar, de forma geral, continua a surpreender. No ano passado, a capacidade instalada de projetos solares saltou 64% em comparação a 2019. Para 2021, as projeções da Absolar apontam que o setor deve crescer 70% em relação à potência atual, atingindo 7,5 gigawatts (GW). Esse crescimento da adesão à tecnologia decorre, principalmente, da redução de impostos de importação dos equipamentos, maior disponibilidade de linhas de crédito e aumento da tarifa de energia elétrica.

Este cenário vem favorecendo o surgimento de novas empresas do setor fotovoltaico, que voltam grande parte de sua atenção para o campo, onde os gastos com energia elétrica são altos e pesam significativamente no custo de produção. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil possui 200 mil empresas de energia solar registradas.

“Essa movimentação é importante para o desenvolvimento do setor, uma vez que a competitividade ajuda a impulsionar a qualidade de equipamentos e serviços, e também a diminuir custos”, assinala o técnico Luiz Eliezer Ferreira, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR.

Regulamentação

Há duas formas de atender às demandas energéticas por sistemas fotovoltaicos: on-grid (sistema conectado à rede) e off-grid (sistema isolado). No primeiro caso, o consumi dor produz a própria energia e gera crédito na concessionária local, tudo regulamentado pela Resolução Normativa 482/2012, da Aneel. O documento estabelece as condições gerais para o acesso à microgeração e minigeração de energias renováveis em sistemas conectados à rede e suas formas de compensação.

Segundo a resolução da Aneel, a microgeração é caracterizada por uma central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75 kW, enquanto a minigeração tem potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a três MW para fontes hídricas, ou menor ou igual a cinco MW para as demais fontes renováveis de energia elétrica, como a solar.

A geração distribuída no sistema fotovoltaico acontece quando há excedente de energia produzida dentro da propriedade rural. Neste caso, o excedente poderá ser injetado na rede de distribuição, gerando ao consumidor um crédito para uso nas faturas seguintes em forma de desconto ou em outras unidades consumidoras, desde que de mesma titularidade (CPF ou CNPJ) e dentro da área de concessão da mesma distribuidora de energia. Estes créditos têm validade de 60 meses.

De acordo com o técnico do DTE, a instalação de um sistema fotovoltaico on-grid ajuda a reduzir o valor da conta de energia elétrica por meio da geração distribuída. Porém, por ser conectado à rede, não resolve problemas com o fornecimento de energia, responsabilidade da concessionária.

“O produtor precisa saber que o painel solar vai diminuir os custos com a energia elétrica, mas não garante o fornecimento. O sistema vai gerar crédito, mas continua dependente da rede. Por isso, mesmo investindo em um sistema fotovoltaico, é recomendável ter um plano B por segurança, como um gerador à combustível”, sinaliza Ferreira. Além da resolução, a Aneel disponibiliza um documento de caráter orientativo, contendo as principais dúvidas em relação à microgeração e minigeração de energias renováveis, que pode ser acessado no site www.aneel.gov.br.

Custo X Benefício

O tempo de retorno de um investimento em sistema fotovoltaico depende do valor mensal da fatura de energia elétrica. Em uma análise realizada pelo DTE, publicada no Boletim Informativo 1510, foram considerados diferentes cenários em relação ao consumo energético de duas atividades: avicultura e bovinocultura de leite.

Na avicultura, foi estimado um consumo mensal de dois galpões de 2.560 m² cada, com capacidade para alojar 66,5 mil aves. Estas características representam um dos modais de Cianorte, no Noroeste do Paraná. A fatura mensal de energia deste estabelecimento é de R$ 8.299, consumindo 21.279 kWh (considerando a tarifa de R$ 0,39 por kWh consumido). Na simulação, o tempo de retorno do investimento de R$ 1 milhão é de sete anos. A partir desse período, o saldo passa a ser positivo e crescente por mais 18 anos, considerando a durabilidade do equipamento de 25 anos.

Na bovinocultura de leite, representada por uma propriedade em Cascavel, no Oeste, foram considerados 74 animais, sendo 60 em lactação. Neste cenário, a fatura mensal de energia é de R$ 1.189, consumindo uma média de 3.050 kWh. Na simulação apresentada, o tempo de retorno do investimento é de cinco anos. A partir desse período, o saldo passa a ser positivo e crescente por mais 20 anos, também considerando uma durabilidade de 25 anos.

Linhas de crédito

Para facilitar o investimento em um sistema solar, o financiamento já é uma opção competitiva aos interessados. Por isso, o DTE da FAEP mapeou as principais linhas de crédito e instituições voltadas para o financiamento para projetos fotovoltaicos. São 41 linhas de crédito diferentes, de agentes público e privado, que estão disponíveis em uma planilha na seção Serviços, no site www.sistemafaep.org.br. As taxas mais baixas giram em torno de 4% e 6% ao ano.

Tipos de instalação dependem das características da propriedade

A definição de um projeto para sistema fotovoltaico está atrelada a uma série de características da propriedade rural, como consumo de energia, atividades exercidas, infraestrutura, localização, espaço disponível, impacto ambiental, tecnologia e tipo dos equipamentos de geração, porte da unidade consumidora e da central geradora a ser instalada, entre outros.

“É importante que o produtor fique atento à sua realidade e a seus objetivos. Cada projeto vai atender demandas e necessidades específicas”, destaca Luiz Ferreira, do DTE da FAEP.

Um dos principais fatores a ser considerado é o local para instalação dos painéis solares: telhado ou solo. O custo no telhado é menor, mas exige capacidade para suporte do peso dos painéis. Existem ainda diferentes estruturas para fixação dos painéis solares, variando de acordo com o tipo de cobertura (telha de barro, fibrocimento e coberturas metálicas).

Para instalar no solo, há custo extra com a estrutura de sustentação das placas e a necessidade de solicitação da Declaração de Dispensa de Licenciamento Ambiental (DDLA), porém é mais fácil realizar serviços de manutenção e limpeza. Ainda, independentemente do local da instalação (telhado ou solo), a fixação dos painéis deve ser capaz de suportar intempéries, como ventos fortes e tempestades.

A inclinação das placas solares também influencia na captação de energia. Por isso, mesmo em propriedades muito próximas, pode haver diferença tanto no projeto quanto na quantidade de energia gerada. Segundo estudo realizado pelo DTE, a inclinação ideal é de 24 graus no Paraná. Áreas com sombreamento de árvores ou com faces voltadas para o Sul, por exemplo, receberão menor insolação, perdendo eficiência na produção de energia.

A quantidade e tamanho de painéis a serem instalados também variam de acordo com a propriedade e consumo de energia. “Não é questão de quanto maior, melhor. Isso também interfere na viabilidade do projeto”, alerta Ferreira, que recomenda que os produtores se atentem ao aterramento, para eliminar as fugas de energia e proteger os usuários e o equipamento de um possível choque elétrico. Em caso de queima do disjuntor elétrico, o custo da obra pode aumentar em até 20%.

Viagem técnica da FAEP permitiu conhecimento de modelos energéticos europeus

Em 2017, quatro delegações organizadas pelo Sistema FAEP/SENAR-PR participaram de uma expedição técnica internacional para conhecer projetos bem-sucedidos no uso e na geração de energias renováveis na Europa. Produtores, presidentes e delegados de sindicatos rurais, técnicos do Sistema FAEP/SENAR-PR e entidades parceiras fizeram parte de quatro grupos, num total de quase 200 integrantes, que estiveram na Alemanha, Áustria e Itália.

Na Alemanha, os grupos conheceram uma série de propriedades que buscam a sustentabilidade nas atividades agropecuárias por meio do desenvolvimento de pesquisas nas áreas de energias hídrica, eólica, biomassa, solar e geotérmica. No campus experimental da Universidade de Munique, a propriedade de 400 hectares destinados à agricultura e pastagem é considerada um exemplo no uso de energias alternativas. No local, são desenvolvidas pesquisas para produção de bioenergia por meio do uso dos dejetos da produção leiteira e resíduos agrícolas, além de diversos painéis solares instalados nos barracões para geração de energia fotovoltaica.

Ainda em solo alemão, os grupos da viagem técnica promovida pelo Sistema FAEP/SENAR-PR visitaram o sétimo maior parque de energia solar do mundo. São 130 hectares com 250 mil painéis que produzem 5,4 milhões de kWh – energia suficiente para abastecer 15 mil casas.

Na Áustria, a delegação realizou visitas a campo para conhecer sistemas de utilização de biomassa. Além da produção a partir dos resíduos orgânicos, os projetos também incluem energias solar, eólica e até mesmo biorreatores de algas. O objetivo do país é alcançar autossuficiência energética por meio de fontes alternativas até 2030.

Por fim, na Itália, as propriedades visitadas investiram na construção de usinas de biogás para viabilizar o negócio no campo, com linhas de financiamento específicas para produtores. Os subsídios são disponibilizados pelo poder público para incentivar a geração de energias renováveis.

Excedente produzido tem isenção de ICMS

De acordo com o Decreto Estadual 10.686 de 2018, os mini (até 75kW) e os micro (de 75kW até 1MW) geradores de energia que injetarem na rede o excedente produzido, terão isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A isenção se aplica somente à compensação de energia elétrica produzida, ou seja, não se aplica ao custo de disponibilidade, à demanda de potência, aos encargos de conexão ou uso do sistema de distribuição. No Paraná, a isenção do ICMS está limitada a um período de 48 meses a partir da implantação do projeto. Após esse período, a unidade voltará a pagar o imposto. Por isso, também deve-se considerar o custo extra após esse período ao analisar o tempo de retorno do investimento.

A energia solar tem se tornado uma alternativa interessante para os produtores rurais que desejam reduzir as contas. A disponibilidade de novas linhas de crédito que facilitam a aquisição e a instalação de sistemas fotovoltaicos ajudaram a ampliar esse mercado. Segundo dados de 2020 da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o setor rural responde por 13,2% da potência instalada no Brasil e os investimentos nas propriedades passam de R$ 1,7 bilhão.

O desempenho brasileiro em geração de energia solar, de forma geral, continua a surpreender. No ano passado, a capacidade instalada de projetos solares saltou 64% em comparação a 2019. Para 2021, as projeções da Absolar apontam que o setor deve crescer 70% em relação à potência atual, atingindo 7,5 gigawatts (GW). Esse crescimento da adesão à tecnologia decorre, principalmente, da redução de impostos de importação dos equipamentos, maior disponibilidade de linhas de crédito e aumento da tarifa de energia elétrica.

Este cenário vem favorecendo o surgimento de novas empresas do setor fotovoltaico, que voltam grande parte de sua atenção para o campo, onde os gastos com energia elétrica são altos e pesam significativamente no custo de produção. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil possui 200 mil empresas de energia solar registradas.

“Essa movimentação é importante para o desenvolvimento do setor, uma vez que a competitividade ajuda a impulsionar a qualidade de equipamentos e serviços, e também a diminuir custos”, assinala o técnico Luiz Eliezer Ferreira, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR.

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Pesquisa da Embrapa identifica que pivô central passou a ser principal método de irrigação no Brasil com 1,6 milhão de hectares em 2020 e destaca crescimento do uso de pequenos pivôs em áreas de 1 ou 2 hectares, ajudando na competitividade de pequenos agricultores. Com grande consumo de água, irrigação precisa de gestão de recursos para guarantir abastecimento à todos.

Um levantamento realizado pela Embrapa com auxilio de imagens via satélite e sensoriamento remoto identificou um grande crescimento na área irrigada na agricultura brasileira desde o início da pesquisa em 1985. Em 2020, foram 8 milhões de hectares irrigados no país, sendo 1,6 milhão (a maior parte) com pivô central.

Segundo o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Daniel Pereira Guimarães, esse tipo de levantamento é fundamental para balizar as outorgas de uso de água no país, saber com está o consumo nacional e fazer uma melhor gestão dos recursos.

Metade dessas áreas está na região da Bacia do Rio São Francisco e ¼ das lavouras irrigadas se concentram em apenas 10 municípios brasileiros, elevando ainda mais a importância dessa gestão para garantir que haja abastecimento para todos, uma vez que a irrigação utiliza 8 vezes mais água do que o consumo humano.

Entre os benefícios da irrigação, o pesquisador destaca o aumento da produtividade, já que 20% das lavouras mundiais são irrigadas e correspondem à 40% da produção total, diminuir os riscos de perdas por problemas de clima e a possibilidade de cultivo de variedades diferentes e a possibilidade de fazer várias safras em localidades sem chuva abundante.

Outro destaque da pesquisa foi o crescimento do uso de pivôs centrais em pequenas propriedades de 1 ou 2 hectares. Guimarães aponta que isso é fundamental para a inserção destes pequenos produtores no mercado de maneira mais competitiva e rentável.

Confira a íntegra da entrevista com o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo no vídeo.

Por: Guilherme Dorigatti

Fonte: Notícias Agrícolas
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